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32nd Translation Contest: "Movie night" » English to Portuguese (EU) » Entry #37328


Source text in English

Translation #37328

To say that I was compelled by Parasite from start to finish is an understatement; its filming style with tracking shots are enthralling. Having watched several Korean films during the London Korean Film Festival, I was familiar with the usual genres employed in such films but Parasite seemed to defy them all! Parasite is comedic, in a quirky way, it is also a thriller, straddles class divisions and also depicts a family tale amongst other genres and is therefore likely to appeal to all ages.

Parasite truly deserves to be watched in a cinema to appreciate its nuances and the stylish cinematography. As a summary, to avoid spoilers, Parasite tells the tale of the interaction between the Park family and the Kim’s, an unemployed family, whose contrasting worlds collide with long lasting consequences.

[...]Bong Joon-Ho manages to pique the audience’s interest with brightly lit shots coupled with the effective use of indoor space, and it is surprising to realise, after the film’s 2 hour 12 minute length, that most of the scenes occur within the Park family’s home. The mundane elements of domesticity are displayed with an intriguing perspective showcasing Bong Joon-Ho’s flair. It is a slow burner but you will revel in its beauty and ingenuity as Parasite convinces that it operates solely on one level but it is in fact multi-layered and depicts social realism with empathy and pathos.

The cast are beguiling to watch, every facial movement and action is accentuated, even the mere act of walking up or down stairs can convey hidden meaning, which the camera fragments. Levels of unease are also created by virtue of that effective use of space with unusual camera angles and dramatic weather conditions ratcheting up that sensation. There is a surreal nature to Parasite, which its score emphasises, and furthermore the film adopts elements of the absurd devised in such an ingenious way which is truly cinematic magic. Parasite’s apparent eeriness will certainly keep you riveted and would not feel alien to the Twilight Zone school of filmmaking.

The actors are very impressive and add breadth to their roles creating relatability whilst seeming effortlessly cool. When Ki-Woo and Ki-Jeong Kim were working within the Park family home as private tutors they certainly epitomised this level of nonchalant, understated authority creating an aura of mysticism with the unspoken, almost mythical, tutoring techniques employed. Quite simply, the actors Park So-Dam and Choi Woo-Sik, as Ki-Woo and Ki-Jeong, are compelling to watch in the different directions that Parasite follows and they carry these performances seamlessly thereby inviting the audience to be on their side.

[...]Parasite is a remarkable piece of extremely skilful filmmaking, it is simply a must see film, and so I am looking forward to re-watching the film on its UK general release date.
Dizer que fiquei preso a Parasitas do princípio ao fim é pouco; o seu estilo de filmagem, com tracking shots, é cativante. Tendo eu assistido já a vários filmes coreanos durante o Festival de Cinema Coreano de Londres, estava familiarizado com os géneros habitualmente usados nesses filmes, mas Parasitas parecia desafiá-los a todos! Parasitas é cómico, de uma forma inusitada, consiste também num thriller, abarca divisões classistas e retrata ainda uma história familiar, entre outros géneros, pelo que é suscetível de agradar a todas as idades.

Parasitas merece verdadeiramente ser visto numa sala de cinema, de modo a apreciar os seus cambiantes e a sua sofisticada cinematografia. Em suma, para evitar spoilers, Parasitas conta a história da interação entre os Park e os Kim, uma família de desempregados, cujos mundos contrastantes colidem, o que traz consequências a longo prazo.

[...] Bong Joon-Ho consegue atiçar o interesse do público com planos luminosos e combinados com o uso efetivo de espaços interiores, sendo surpreendente constatar, após as 2 horas e 12 minutos de duração do filme, que a maioria das cenas decorre em casa da família Park. Os elementos mundanos de domesticidade são apresentados sob uma perspetiva intrigante que evidencia os dotes de Bong Joon-Ho. A pouco e pouco, acabará por se deleitar com a sua beleza e ingenuidade, dado que Parasitas faz crer que atua unicamente a um nível, quando na verdade é multifacetado e retrata o realismo social com empatia e páthos.

Ao elenco, dá gosto vê-lo. Cada ação e cada movimento facial é acentuado. Até o simples ato de subir ou descer escadas pode encerrar um significado oculto que a câmara esmiúça. De igual modo, são criados níveis de desconforto, em virtude do tal uso efetivo do espaço, com ângulos invulgares da câmara e condições meteorológicas dramáticas, que empolam essa sensação. Há um cunho surreal em Parasitas, que a música enfatiza, adotando o filme, além do mais, elementos do absurdo imaginados de uma forma tão engenhosa que constitui autêntica magia cinematográfica. A aparente estranheza de Parasitas irá decerto mantê-lo colado ao ecrã e não é de todo alheia à escola de cinema d’A Quinta Dimensão.

Os atores são assaz impressionantes e conferem uma nova dimensão aos seus papéis, gerando empatia, ao mesmo tempo que denotam uma fleuma natural. Ao trabalharem em casa da família Park como professores particulares, Kim Ki-Woo e Kim Ki-Jeong são sem dúvida o epítome de uma certa autoridade despreocupada e subtil, criando uma aura de misticismo com as técnicas tácitas, quase míticas, de ensino que usam. Muito simplesmente, é fascinante ver os atores Park So-Dam e Choi Woo-Sik, como Ki-Woo e Ki-Jeong, nas diferentes direções seguidas por Parasitas, desempenhando eles esses papéis de forma harmoniosa e convidando, assim, a plateia a ficar do seu lado.

[...] Parasitas é uma obra cinematográfica notável e extremamente hábil, um filme simplesmente imperdível, pelo que estou ansioso por revê-lo no dia em que for lançado no Reino Unido para o grande público.


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